A jogatina destrói famílias e tem um alto custo social, por isso o mais importante, antes de votar qualquer lei sobre o assunto, é saber se os brasileiros aprovam a legalização, alega Roberto de Lucena. Deputado pelo Partido Verde paulista, Lucena propõe aproveitar as eleições de 2018 para fazer um plebiscito. Não haveria custos adicionais e a população teria prazo para discutir e conhecer a questão.
“O jogo é um problema que interfere na vida das pessoas. Provoca ludopatia e outros transtornos para as famílias. Precisamos consultar a sociedade para saber se os cidadãos desse país querem ou não que o Congresso aprove a legalização”, alega Lucena. “Afinal, é preciso saber quem vai pagar a conta do custo social. Tudo isso tem que ficar bem esclarecido, para a sociedade poder concluir se concorda ou não”.
O melhor ponto de partida para essa discussão, diz Lucena, é mostrar ao cidadão como a Polícia Federal, o Ministério Público e a Receita Federal avaliam a questão dos jogos de azar. Ele também defende que a OAB participe da discussão sobre os custos sociais e quem paga por eles, trazendo mais informações para a população. “Os defensores da jogatina não esclarecem isso”, alega.